Segundo o relato do Capitão Bertrand, Comandante do Agrupamento de Forthassa, no seu reconhecimento de 20 a 30 de Outubro de 1910 no território dos Beni Guild e dos Oulad en Naceur, que a seguir transcrevemos:
“ As fortes chuvadas do dia 21 de Outubro, ainda não influenciaram o caudal da nascente d’Aïn el Ourak, que brota, ao pé do maciço rochoso. O caudal é ainda normal, talvez até inferior ao que nós observamos anteriormente. Pensamos que nas próximas 48 horas o caudal possa ser superior. Esta nascente é importante para saciar a sede aos animais. A nascente foi melhorada na última Primavera, pelo pessoal da Companhia de Cavalaria e ainda se encontra intacta. Foi construído um reservatório “tanque”, que cria as reservas indispensáveis para que os animais possam beber. As obras na nascente foram uma salvaguarda, para que os animais não danificassem a sua estrutura”.
Em 2012, na nossa Expedição ao Chott Tigri e na sequência dos inúmeros “Bordj’s” ou Fortes que visitamos e foram muitos, este para nós, não só pela sua envolvente, como pela acção solidária que sem contarmos tivemos que fazer, ficou marcado como um ponto importante para um regresso e se possível com um Bivouac.
O local é imenso e tem o forte estrategicamente, bem construído. Tem três dos seus lados, protegidos por altas montanhas escarpadas e um dos lados livre e aberto, onde era possível controlar qualquer ataque.
Era uma enorme fortificação, que se realça pela sua localização e por duas ou três construções, com cobertura cónica cujas paredes com uma expessura anormal, quase de 80 cm, cria uma temperatura muito baixa, ao que nós designamos por frigoríficos.
Seguindo o percurso G2b do tomo IV Pistes du Maroc, L’Oriental, que tem início junto ao Bordj Bel Rhiada, é possível chegar através de um desvio ao Bordj Ourak ou Fort Ouarak, cujas coordenadas são N 32º 35,58’ W 02º 32,24’.
Em Setembro ou Outubro de 2016, vamos fazer um bivouac junto à nascente, para cumprir o desejo que não foi possível cumprir em 2012.