Não pretendemos com estes pequenos “post’s”, fazer grandes dissertações sobre a ciência das plantas, nem tão pouco entrar em conceitos mais elaborados de botânica. Pretendemos unicamente dar a conhecer e alertar para outras “visões” de Marrocos e que por norma nos passa ao lado.
Le Romani (Alecrim), é uma planta aromática, originaria do litoral mediterrânico e como incidência na zona oriental de Marrocos.
As suas qualidades terapêuticas são muito importantes e são hoje uma forte fonte de receita de Marrocos.
Quem andar atento por essas zonas, pode observar este arbusto perene, coberto de folhas verdes que tapam os ramos e cuja floração tem início na primavera, tornando os campos com uma beleza de verde e prateado, do qual ressalta a sua poderosa fragrância. Esse tom prateado, permite que alguns também chamem ao Romarin ou Alecrim, “orvalho do mar” ou “incenso dos pobres”.
Durante a floração os ramos são cortados e transportados no dorso dos animais para as destilarias artesanais. Quando mais seca for a zona e mais isolado for o local melhor é a qualidade do Romarin
Na zona de Guercif existem muitos destiladores de fabrico artesanal, onde se extrai o óleo que pode ser utilizado no tratamento da vesícula, da melhoria da circulação e das dores reumáticas, de entre outras.
L’Arganier ou Árvore de Argan
Uma árvore endémica de Marrocos e quase conhecida de todos, nas suas incursões por Marrocos. A sua imagem de marca e postal mais ilustrado, são as fotos de cabras em cima dos seus ramos e troncos em busca dos seus frutos.
É uma árvore muito resistente que suporta climas muito secos e pode viver cerca de 200 anos.
Os seus ramos espinhosos, são fortes e duros, sendo a sua madeira chamada de “pau-ferro”. O seu fruto, permite obter um óleo, o Óleo de Argan, muito usado no tratamento da pele e como hidratante.
A industria que se move à volta da Árvore de Argan ou Argánia, permite segundo estimativas, criar a fonte de sustento para mais de 3 milhões de Marroquinos. Mais, estima-se que o número de árvores em Marrocos seja superior a 21 milhões.
O seu fruto do tamanho de uma noz, tem a cor verde amarelada, tendo por vezes tons avermelhados. No interior do fruto há duas ou três amêndoas albuminosas com uma forte componente de óleo, cerca de 55%.
Fica pois esta nota, que, porventura numa próxima ida ao reino de Marrocos, nos possa chamar a atenção, que há também outras coisas com interesse.
Inté.